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21/10/2013 Sec. do Meio Ambiente
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Corticeira-da-serra embeleza Guaporé com suas flores alaranjado-vibrantes

Com quase 40 anos de idade e cerca de 20 metros de altura, uma Corticeira-da-serra como é conhecida popularmente, chama a atenção dos moradores de Guaporé – RS nos últimos dias. <br />\r\nPlantada quando tinha menos de um metro de altura a pedido do m...

Com quase 40 anos de idade e cerca de 20 metros de altura, uma Corticeira-da-serra como é conhecida popularmente, chama a atenção dos moradores de Guaporé – RS nos últimos dias.
\r\nPlantada quando tinha menos de um metro de altura a pedido do médico, Neff Pereira Arar na década de 70, a planta era admirada em suas viagens entre Guaporé e Porto Alegre. “Sempre contemplava aquela árvore enorme, com flores alaranjadas no meio das outras árvores. Comecei a perguntar o nome, até que me informaram que era uma corticeira”, lembra.
\r\nCom o nome científico de Erythrina falcata, a corticeira-da-serra, também é conhecida em todo o país por outros 19 nomes, entre elas: bico-de-papagaio, canivete, sapatinho-de-judeu, sinhanduva e suínã-do-mato. Podendo atingir até 35 metros de altura, suas folhas caem totalmente durante o inverno e no mês de setembro floresce por apenas duas semanas. Suas flores garantem uma presença marcante na paisagem atraindo papagaios e periquitos que se alimentam de seu rico néctar.
\r\nTambém encantado com suas flores alaranjado-vibrante, Neff solicitou que o responsável pela Praça Vespasiano Corrêa na época, buscasse uma muda próximo ao Rio Carreiro. O médico, no entanto, foi alertado que a planta não se adaptaria ao solo guaporense, pois se desenvolve mais facilmente em locais muito úmidos e brejosos, daí sua importância na recuperação de áreas ciliares degradadas.
\r\nContrariando todos os avisos, a corticeira foi plantada. Mas como o passar dos anos, uma reviravolta aconteceu, mas não apagou a admiração do médico pela árvore. “Mesmo que tenha vendido o terreno aonde a corticeira foi plantada, considero como ainda fosse minha”, conta.
\r\nA preservação de espécies como a corticeira-da-serra no meio urbano deve ser apreciada, explica o Secretário Municipal do Meio Ambiente, Gabriel Sartori. “Nos dias de hoje, as pessoas não valorizam árvores de grande porte, por causarem sujeira com a queda das flores e folhas, além disso, muitas vezes a calçada é prejudicada devido ao crescimento das raízes. Isso faz com que muitas sejam cortadas”.
\r\nPara auxiliar na preservação de espécies como a corticeira, o Secretário gostaria tombá-la como patrimônio histórico do município. “Com essa atitude, a árvore será preservada e assim poderá ser admirada por muitas gerações”, planeja.
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\r\nEspecificações:
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\r\nÁrvore caducifólia, de 10 a 30 m de altura, e com tronco de 30 a 90 cm de diâmetro. O tronco é reto, com seção cilíndrica, geralmente munido de nódulos e de acúleos. A casca pode chegar a 20 mm de espessura; tem cor castanho amarela, com ritidoma finamente fissurado e descamaçãopulverulenta. As folhas são compostas, trifolioladas, alternas com até 15 cm de comprimento e 8 cm de largura; com pecíolo de 5 a 16 cm de comprimento. As flores são vermelho-alaranjadas, de 3 a 5 cm de comprimento, em numerosos cachos pendentes da extremidade dos ramos em inflorescência racemosa axilar, terminal ou lateral, com 10 a 30 cm de comprimento, com flores nunca totalmente abertas, em grupos de três, tornando-se inconfundível na primavera. O fruto é um legume indeiscente, achatado, estipitado, não septado internamente, de coloração pardo-escura, com 10 a 20 cm de comprimento por 2 a 3 cm de largura, com 3 a 15 sementes. As sementes são reniformes, achatadas, com hilo curto e oblongo, de coloração castanho-escura, com estrias rajadas, de 1 a 1,5cm de comprimento. (MARQUES, 2007, p. 118).
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